30/10/2006

Chico Buarque em Portugal com "Carioca"

Homenagem ao inimitável Chico Buarque que começa hoje a sua vaga de concertos em Portugal no Coliseu do Porto. Oportunidade para ver o vídeo do tema "Ela faz cinema" do seu último trabalho "Carioca".

26/10/2006

A (in)compreensivel matemática dos bancos em Portugal

A verificar-se na prática, equiparar o IRC dos bancos ao IRC das restantes empresas na taxa de 25%, será uma medida de coragem e de grande importância que fará com que os portugueses comecem a sentir que não são só os mesmos do costume a pagar a factura do défice público.

Também se saúda uma outra medida anunciada que indicia que o Governo pretende passar a fiscalizar os arredondamentos das taxas de juro dos empréstimos concedidos pelos bancos e obrigar a que os arredondamentos possam ser feitos para baixo e não sempre para cima e só em quartos ou oitavos de ponto percentual. Acaba a incompreensível diferença entre a matemática dos bancos e a matemática dos outros.

24/10/2006

A água invade a Praça de San Marcos em Veneza


Turistas mergulham os pés nas águas dos canais da cidade de Veneza, que subiram 1,12 m em virtude de uma combinação de mudanças meteorológicas e invadiram áreas como a Praça de São Marcos.

19/10/2006

POLÍTICA PORTUGUESA: A velha estratégia dos últimos governos

Pois é, o ano de 2007 ainda não chegou e, como vem sendo hábito nos últimos dez anos, surge um Orçamento de Estado cujas linhas mestras são as mesmas do costume, independentemente de uma aposta muito positiva na ciência e tecnologia. Quais são essas linhas mestras comuns a todos os Governos dos últimos anos? É preciso baixar a despesa pública, é preciso baixar o deficit público. Por isso, os portugueses terão que compreender que, no próximo ano será preciso apertar o cinto ou pior ainda, "será preciso fazer sacrifícios". Sacrifícios em nome de quem? Em nome de um Estado e de sucessivos Governos e governantes incompetentes? O sacrifício faria muito mais sentido ao contrário. O Governo e os governantes deveriam eles, sim, sacrificar-se mais pelos portugueses. Mas não, sempre se verifica o contrário. Além disso, quando se fala em sacrifícios nunca se fala em sacrifícos de quem muito tem e, por isso, seria, segundo uma ordem racional das coisas o primeiro a quem deveriam ser pedidos maiores esforços. Um exemplo para reflexão: a Noruega aplica uma sobretaxa às actividades petrolíferas. Porque não aplicamos sobretaxas aos bancos, às EDPs, às petrolíferas e outras do género? Parece que a aplicação de taxas a estas entidades se poderá reflectir em preços mais altos dos produtos que fornecem fazendo as classes do costume pagarem na mesma. Foi o que fez a EDP recentemente. Mas porque é que isto acontece? Os lobbys são mais fortes que os Governos? Serão mais fortes que o próprio povo que vota nos partidos e os coloca no poder? Conseguem, de forma encoberta, viver em situação de monopólio? Até quando os portugueses vão permitir que isto continue? Aonde estão os políticos com coragem? Procura-se coragem política.

17/10/2006

O Google Earth da Lua

Está disponível a todos os utilizadores da internet um sofware gratuito para estudo e observação da Terra.
Texto do Portal Terra:

"O Virtual Moo Atlas é um programa gratuito para estudo e observação da Lua.

O software proporciona imagens com grande detalhe da superfície lunar, acompanhada de todas informações imagináveis sobre o único satélite da Terra.

Bastante útil, o programa é utilizado por astrônomos e, graças ao seu rigor, também tem aparecido em livros, revistas e observatórios"


Pode fazer o download do software em
http://terrabrasil.softonic.com/ie/53083/Virtual_Moon_Atlas

13/10/2006

Prémio Nobel da Paz 2006: Comunicado do comité Nobel traduzido para Português

O Comité Nobel Norueguês decidiu premiar com o Prémio Nobel da Paz 2006, dividido em duas partes iguais, Muhammad Yunus e o Banco Grameen pelos seus esforços para criar desenvolvimento social e económico apartir de baixo. A paz duradoura não pode ser alcançada sem que grandes grupos populacionais encontrem formas nas quais possam libertar-se da pobreza. O Micro-Crédito é um desses meios. O desenvolvimento apartir de baixo também serve para avançar a democracia e os direitos humanos.

Muhammad Yunus mostrou ser um líder que conseguiu arranjar uma forma de traduzir visões em acção prática para o benefício de milhões de pessoas, não só no Bangladesh, como também em muitos outros países. Empréstimos a pessoas pobres sem qualquer garantia financeira parecia uma ideia impossível. De origens modestas três décadas atrás, Yunus desenvolveu, primeiro e antes de mais através do Grameen Bank, o micro-crédito num instrumento de luta contra a pobreza cada vez mais importante. O Grameen Bank tem sido uma origem de ideias e modelos para muitas instituições no campo do micro-crédito que floresceram em todo o mundo.

Todo e qualquer indivíduo na Terra tem tanto o potencial como o direito a viver uma vida decente. Através de culturas e civilizações, Yunus e o Grameen Bank demonstraram que até os mais pobres de entre os pobres podem trabalhar para conseguir o seu desenvolvimento.

O micro-crédito provou ser uma importante força libertadora em sociedades onde as mulheres em particular têm de lutar contra condições sociais e económicas repressivas. O crescimento económico e a democracia política não conseguem alcançar o seu potencial total a não ser que a metade feminina da humanidade participe numa escala equal à população masculina.

A visão de longo prazo de Yunus é eliminar a pobreza no mundo. Essa visão não pode ser realizada através do micro-crédito isoladamente. Porém, Muhammad Yunus e o Grameen Bank demonstraram que, nos esforços continuados para a alcançar, o micro-crédito tem de ter um papel preponderante.

Oslo, 13 Outubro de 2006


Comunicado em inglês: http://nobelprize.org/nobel_prizes/peace/laureates/2006/press.html

Professor Muhammad Yunus' Biography from Grameen Bank : http://www.grameen-info.org/agrameen/profile.php3?profile=1


11/10/2006

Entre o resultado e a moral: uma compreensão do voto em Lula (sugestão de Francisco José Viegas)

Após recomendação da minha parte do artigo da BBC que figura neste mesmo blog (logo depois deste, para quem esteja interessado), aqui fica uma sugestão de Francisco José Viegas, que muito agradeço, para uma tese com o título "Entre o resultado e a moral: uma compreensão do voto em Lula", defendida por Luiz Cláudio Lourenço (cientista político e pesquisador Doxa-IUPERJ).
Interessante para ajudar a compreender o movimento do voto em Luiz Inácio Lula da Silva apesar dos escândalos.

08/10/2006

O porquê do Lula ganhar as eleições apesar dos escândalos (artigo da BBC)

A BBC apresenta uma reportagem onde, entre outras coisas, refere que durante o ano de 2004 os brasileiros mais pobres viram os seus rendimentos crescer em 14%, ou seja, um crescimento só comparavel ao crescimento da economia chinesa.

Ver artigo em http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/5301240.stm

Lista dos livros mais vendidos no Brasil

Os livros de ficção mais vendidos do momento no Brasil:

1° Travessuras da menina má, de Mario Vargas LlosaAlfaguara Objetiva
2° O caçador de pipas, de Khaled HosseiniNova Fronteira
3° A bruxa de Portobello, de Paulo CoelhoPlaneta
4° Pornopolítica, de Arnaldo JaborObjetiva
5° Quando fui outro, de Fernando PessoaAlfaguara Objetivo
6° Quando Nietzsche chorou, de Irvin D. YalomEdiouro
7° Recordações da casa dos mortos, de Fiodor DostoievskiNova Alexandria
8° O diabo veste Prada, de Lauren WeisbergerRecord
9° O segredo do anel, de Kathleen McGowanRocco
10° Travessia de verão, de Truman CapoteAlfaguara Objetiva

07/10/2006

Literatura Actual: Vivemos no tempo da Tragédia ou do Final Feliz?

Que tempo vivemos na Literatura actual? No tempo das tragédias ou dos finais felizes? A maioria dos grandes escritores do passado ficou famosa pelas suas tragédias. As tragédias vendiam bem, na altura, e interessavam os leitores daquele tempo, leitores essencialmente de classes altas cujas vidas eram, por vezes, cobertas de tédio pela falta de dificuldades que nelas pudessem existir. Refiro-me a autores como, por exemplo, Dostoyevsky com o seu Crime e Castigo ou O Idiota, Tolstoi com Anna Karenina ou ainda Stendhal em Vermelho e Negro. Por último temos ainda Goethe com Os Sofrimentos do Jovem Werther, acerca da qual consta que, na época, ocorreu, na Europa, uma onda de suicídios, de tão profundo que Goethe fora em suas palavras.Ou seja, o sofrimento e a tragédia davam profundidade e nobreza à obra. A tragédia era importante numa grande obra. E hoje?Bom...muito gostaria de ouvir mais opiniões e comentários mas parece-me que no Séc. XX tudo mudou e não quero com isto dizer que tudo terá mudado para pior, pelo contrário, julgo que se impôs um panorama, no mínimo mais inspirador, mais belo e mais positivo no Séc. XX.A meu ver, essa grande mudança surgiu através do cinema e saiu da fábrica de sonhos de Hollywood. Foi aí que se descobriu que muitas das pessoas que liam livros ou viam filmes queriam viver sonhos e sonhos com finais felizes, não queriam tragédias, não queriam mais tristezas e desgraças no final. Nos dias que correm, parece-me ocorrer um fenómeno interessante: os críticos de literatura glorificam as tragédias (conforme os cânones antigos) e o grande público continua a prestigiar os sonhos audaciosos com um final feliz. Mas será que basta produzir um filme ou um livro com um final feliz, nos dias que correm? Julgo sinceramente que não. A maior fatia do público também já se fartou dos livros e filmes ocos, do qual saem exactamente como entraram e é hoje muito exigente em relação aos escritores e realizadores. Por isso, a única solução para quem escreve é aplicar-se ao máximo para ter qualidade e esperar que essa qualidade seja reconhecida pelo imenso e variado universo de leitores.

02/10/2006

Resultados das Eleições 2006 - Primeiro Turno

A mensagem do povo brasileiro está clara: não fossem os recentes escândalos do dossiê e do mensalão e dariam uma chance ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva de um novo mandato para governar o país já na primeira volta. Assim, com todos estes escândalos o povo ficou receoso perante a possibilidade de votar em quem pudesse não merecer o seu voto. No entanto, o povo irá dar esse mandato ao PT para governar o país mas não sem antes lhe dar um bom susto como que dizendo: "Vejam lá se acabam com toda essa corrupção de uma vez porque o povo brasileiro está farto de políticos desonestos e precisa de gente honesta que honre o voto dos brasileiros e que faça melhorar a situação do país!". De registar apenas um facto triste, nestas eleições: 13 mensaleiros e sanguessugas foram eleitos pelo povo. Assim fica mais difícil acabar com a corrupção porque esses mensaleiros dirão que agora são eleitos pelo povo e que agem com o aval do povo para ser mensaleiros ou sanguessugas e trabalharem na política desse jeito porque o povo, infelizmente, aprovou esse seu jeito de trabalhar nas urnas.
© Gonçalo Coelho