30/07/2006
Eleições Brasileiras 2006 - Meu Brasil (Minha Alma Brasileira)
(Inicia-se aqui um ciclo de artigos sobre as eleições brasileiras 2006 com várias fotos de todo o Brasil, representativas desse país maravilhoso)
As eleições no meu querido Brasil estão a bater aí à porta e não resisti a escrever um artigo em nome próprio com toda a minha alma brasileira. Tal como sinto uma enorme indignação e tristeza ao ver e ouvir as notícias que chegam todos os dias do Líbano, também sinto indignação e tristeza ao pensar no meu querido Brasil pelo ponto de vista da sua classe política. Que imagem tem a política brasileira? Acima de tudo, corrupção. Depois vem o resto. Vamos fazer um pequeno jogo: Diga o nome de três CPIs? Nada mais fácil, pensará o leitor brasileiro. Ah, se essa pergunta valesse um milhão de reais...! Em três tempos os brasileiros responderiam algo como: bingos, sanguessugas e mensalão. Mas rapidamente se lembrariam de mais escândalos. Senhores políticos, isto não pode continuar. Como é que podem dormir descansados, políticos que sabem que contribuem para o afundamento de um país tão grandioso em tantos sentidos como o Brasil com a sua péssima conduta, com a corrupção? Como podem dormir sossegados sabendo que entre outras coisas contribuem para a fome e miséria de tantos brasleiros? Porém, para aqueles políticos mais corruptos e mais centrados unicamente nos seus interesses particulares, digo que apesar da sua péssima conduta, o Brasil avança pela força do seu povo (para desespero deles, talvez...) e vai tendo cada vez mais acesso à educação e por aí será o caminho para aprender o custo da corrupção e da má conduta política e para saber nunca mais perdoar o político ou o partido que entrar por esse caminho.
18/07/2006
Conflito entre Israel e o Líbano - É tempo de fazer mais pelo desenvolvimento e pela paz no Médio Oriente
Estamos perante um sinal claríssimo do grau de alto perigo para a paz mundial que se encontra condensado na região do Médio Oriente. Durante algum tempo nos últimos anos, o mundo parecia ligar pouco aos conflitos do Médio Oriente que pareciam aparecer isoladamente como a Guerra do Golfo, o conflito Israelo-Palestino ou a invasão do Iraque. Porém, a sensação de perigo aumentou significativamente com este último ataque de Israel ao Líbano. O primeiro factor que desde logo chama a atenção é que Israel ataca o Líbano, com cerca de 200 civis Líbaneses mortos nos ataques, mas não foi o Líbano quem atacou Israel mas sim o Hezbollah (que nem atacou propriamente mas antes, raptou dois israelitas). Ora, o envolvimento do Irão e da Síria nos conflitos parece um passo mais próximo de se tornar mais efectivo o que poderia ter repercursões muito nefastas no contexto mundial.
O grande problema é que o mundo árabe não acredita nos grandes valores do ocidente para as nações: o crescimento económico, o desenvolvimento, o capitalismo. Uma grande parte do mundo árabe perdeu a esperança nesse caminho e o Ocidente não está a saber alimentar essa esperança. Pelo contrário, a cada passo o Ocidente dá um rude golpe no desenvolvimento do mundo árabe alimentando um novo conflito. É tempo de fazer mais e melhor pela paz e pelo desenvolvimento do mundo árabe.
08/07/2006
Sobre Razão e Emoção
Emoção ou razão, a qual delas devemos dar mais ouvidos? Como saber qual é mais importante em cada situação? É frequente as pessoas serem prejudicadas por utilizar demais o coração em vez da razão. Quantas histórias já ouvimos que dão conta de situações em que fulano (ou fulana) agiu com o coração em vez da razão e foi enganado por beltrano (ou beltrana)? Pela educação que recebemos e pela experiência que vamos vivendo tornamo-nos mais inclinados a viver a nossa vida mais sob o signo da razão ou mais sob o signo da emoção e assim vamos tomando as nossas decisões ao longo da vida e vamos vivendo. Haverá uma forma de saber a qual dos dois lados devemos dar mais ouvidos, principalmente quando os lados estão em conflito directo?
Recentemente, vários psicólogos e profissionais de sucesso, revelam que há uma capacidade muito importante para todos os seres humanos utilizarem se querem ser felizes: inteligência emocional. A inteligência emocional assenta no princípio de sabermos ouvir o que dizem as nossas emoções e utilizar isso a nosso favor. Temos que ser capazes de saber ouvir aquilo que verdadeiramente nos diz o nosso coração para atingir o sucesso e a felicidade. Devemos soltar cá para fora todas as emoções negativas para lá no fundo conseguirmos ouvir com clareza o nosso coração que nos diz o que verdadeiramente somos e o que verdadeiramente queremos.
A verdade é que saber usar o coração só por si não é a solução, assim como a solução também não é saber usar só a razão. As nossas melhores decisões saem quando sabemos aliar razão e emoção, ou seja, quando conseguimos aliar a razão com aquilo que sentimos. Os dois juntos não falham nunca. Se, no entanto, só ouvirmos a voz da razão o tempo todo e afundarmos os nossos sentimentos, também não seremos felizes e não seremos livres. Hoje em dia, saber ouvir os nossos sentimentos é uma capacidade extremamente valorizada no caso de cargos de liderança. Para desenvolver inteligência emocional é necessário aprender a estar mais em contacto conosco próprios e aprender a conhecermo-nos mais a nós próprios. É preciso saber avaliar os nossos sentimentos positivos e negativos, saber afastar os negativos, confrontando-os, colocando-os para fora e, assim, derrotando-os, ficando em contacto com a voz pura dos nossos sentimentos.
06/07/2006
05/07/2006
França-Portugal - Alemanha 2006 - Considerações na hora do adeus ao sonho!
Chegou a hora do adeus ao sonho. Agora só os italianos ou os franceses se podem sagrar campeões do mundo. A França chega à sua segunda final e a Itália à sexta. Será uma final emocionante e inédita em que tudo pode acontecer.
Quanto a Portugal, pode ficar muito satisfeito com a evolução do seu futebol e com a chegada às meias-finais. A derrota tem sempre um sabor amargo e, depois da derrota, fica sempre a impressão que várias coisas correram mal, embora muitas vezes, estes aspectos negativos só se tornem visíveis pelo valor do adversário. Os dois pontos mais negativos que subiram à tona nesta meia-final, foram a má forma física de alguns jogadores importantes como Pauleta, Deco e Costinha e a falta de contundência do ataque, que se prende muito em inúmeros passes e adornos e consegue poucas chegadas com perigo à baliza adversária para a grande posse de bola conseguida (eterno problema do futebol português, que até demonstrou melhorias neste mundial) .
No entanto, apesar de algumas deficiências da selecção portuguesa só houve uma diferença entre Portugal e a França neste jogo das meias-finais: o penalti que deu o golo à França. O penalti rendeu à França o único golo do jogo e marcou toda a diferença. O golo mudou o cariz do jogo. A França começou a construir todo o seu jogo em torno da defesa desse único, milagroso golo e conseguiu a vitória perante uma equipa portuguesa cujo forte não é reagir perante desvantagens e marcar golos sob pressão, ainda por cima, com um adversário de tanta qualidade a defender como a França.
O final foi muito digno da parte da selecção portuguesa que lutou até ao fim e chegou a levar Ricardo até à área contrária na marcação de um canto no final do jogo. Foi provavelmente o final mais bonito possível dentro da desilusão da derrota.
Fica o sabor amargo de Portugal perder tão perto da final e da conquista da taça e fica uma pergunta no ar: "Porque é que são sempre as mesmas selecções a conquistar a taça?". Porque é que em dezassete edições só há sete campeões?. Embora me pareça muito justa a chegada da França à final, parece-me que a Itália teve o caminho muito facilitado, não só pelo baixo nível dos adversários até às meias-finais mas também pelos árbitros que teve o benefício de encontrar nos seus jogos. É preciso lembrar que houve duas penalidades nítidas contra a Itália e a favor do Ghana que não foram assinaladas, e uma a favor da Itália e contra a Austrália inexistente que foi assinalada. É caso para pensar que se Portugal tivesse tido esse tipo de benefícios certamente teria tido boas chances para chegar à final. Bastava não assinalar esta penalidade a favor da França na meia-final em que Thierry Henri foi tocado e valorizou a falta. Julgo que o peso das camisolas das sete selecções campeãs, é de facto muito grrande mas não tanto para os jogadores como para os árbitros e isto é algo que vem directa ou indectamente de dentro da FIFA, dos ambientes institucionais que rodeiam os árbitros da FIFA.
Uma última nota, que li também no site oficial do campeonato do mundo: "Intriguingly France also disposed of Portugal in the semi-final that year, (EURO 2000) via another Zidane penalty."Ou seja, de forma intrigante, também no Euro 200, no último importante confronto entre Portugal e França, os gauleses eliminaram Portugal também com um penalti convertido por Zidane. Coincidência? Ou será que os árbitros marcam com mais facilidade penaltis a favor das camisolas com mais peso do que a favor das outras selecções com menos história como Portugal, Ghana ou Austália?
Parabéns à França, uma justa finalista. Parabéns a Portugal pelo campeonato que fez. Deixou uma bela imagem.
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