29/09/2007

O futebol entrou no séc. XXI com mecanismos de arbitragem do séc.XIX

O futebol está a tornar-se um jogo ridiculamente atrasado, ficou para trás no tempo. É um jogo que entrou no séc. XXI sendo arbitrado com métodos do séc. XIX. Dois exemplos de desportos mais evoluídos: o ténis e o râguebi. Tanto num como no outro, sáo utilizadas as novas tecnologias para providenciar meios que permitam decisões cada vez mais perfeitas. No caso do ténis, a decisão do árbitro já pode ser questionada pelos jogadores que, para o efeito, pedem um "challenge" e, através da tecnologia, é possível saber o ponto exacto onde a bola bateu no court. No râguebi, há um video-árbitro que é consultado sempre que o árbitro entende que a marcação de um ensaio é duvidosa. No futebol, não há nada disso e, infelizmente, não há perspectivas de mudança. O erro, no futebol, parece ser entendido pelas autoridades máximas do desporto como algo a preservar e a celebrar, como algo fantástico que traz consigo uma aura de tradição ao jogo. Por isso, utilizar qualquer tecnologia seria "conspurcar" o desporto. Parece um qualquer tipo de fundamentalismo. Lembra o Vaticano ao afirmar-se contra o uso do preservativo. Só que no futebol, o erro nas arbitragens só se entende que seja mantido porque dá ganho aos responsáveis através de maior número de notícias, de polémica e de possibilidades para manipular os resultados. Se continuar a não haver mudanças, o futebol arrisca-se a perder a popularidade nas próximas décadas para desportos que surgem fortes e onde há mais verdade nos resultados. Jogos como o passado Estrela da Amadora-Benfica, com um penalti ridículo mesmo no cair do pano a retirar a verdade do jogo, tiram toda a idoneidade ao futebol como desporto.

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© Gonçalo Coelho