19/01/2007

Samba no Mercosul - Que maravilha é o Mercosul em comparação com a UE!


Não deixa de ser engraçado para quem viu tantas reuniões da União Europeia em Bruxelas, ver imagens de Evo Morales a correr na praia de Copacabana, ou os presidentes dos países sul-americanos assistindo a um grupo de samba por ocasião de um encontro dos presidentes dos países do Mercosul. Por aí se consegue logo detectar inúmeras diferenças culturais entre a Europa e a América do Sul. Mesmo assim, prefiro as reuniões do Mercosul às da UE. Ah o sol de Copacabana! Que horror a chuva e o frio de Bruxelas! Ah o colorido e a magia de Ipanema! Que horror as ruas e os prédios cinzentos de Bruxelas!

Nítidamente o Presidente Hugo Chavez tem um discurso que não favorece uma integração sul-americana saudável, voltada para o desenvolvimento de um bloco geo-estratégico como o Mercosul. A América do Sul precisa de sair das garras da eterna dicotomia entre ser amigo ou ser inimigo dos Estados Unidos. O continente não pode continuar a viver pensando apenas na grande superpotência americana. Tem que pensar em si próprio e, para si próprio, há valores que são vitais como a democracia. Hugo Chavez não valoriza a democracia nos seus discursos políticos, não valoriza o diálogo. O Presidente da Venezuela não pode ser o grande representante da América do Sul porque, o único regime que, por ventura, se alinha pela ideologia de Hugo Chavez é a Bolívia actualmente. Todos os outros estão numa outra linha. O que fortalece políticos como Hugo Chavez é inoperância dos seus opositores políticos, a sua eterna tendência para problemas como a corrupção, a sua falta de iniciativa e, principalmente, a falta de sucesso no que toca a criar países na Amércia Latina mais desenvolvidos e melhores condições de vida para os seus cidadãos. Enquanto os opositores do populismo não trabalharem a sério com o sólido propósito de desenvolver os seus países, estarão a dar força e poder a Hugo Chavez. Só eles poderão ser considerados culpados se o sucesso do populismo crescer. É a inoperância dos bons que leva ao sucesso dos maus em última análise. E aqueles que sabem o que querem para os seus países não podem ficar só de braços cruzados, esperando o dia mítico do milagre económico mas têm de procurar melhorar activamente tudo o que está ao seu alcance. Só assim se poderá construir uma Amércia Latina melhor.

2 comentários:

Samikkannu disse...

the translation is too bad;from what i can gather from the broken/disjointed sentences,i can't but feel disgusted at the way in which some people like this man who authored the write-up view the global developments;instead of acclaiming the heroic efforts on the part of the democraticaly-elected Latin-American leaders to give effect to the promises made by them in accordance with the expectations /aspirations of their common masses,he vilifies them;it only betrays the intolerant and indifferent mind-frame of the lackeys of Amrican imperialists;fortunately,the strength of their camp-followers is fast dwindling,especially after their dastardly act in the middle- east.
TWO CHEERS TO HUGO, et al, who are tireless and fearless in their patriotic endeavour to set right the wrongs of history!
Long live Bolivarian Revolution!!
Down with American Imperialism!!! samy, t.nadu,india

Gonçalo Coelho disse...

Dear kutty, thank you for your comment. The point of view that I try to express with this article is that South America needs to gradually evolve from the political mindframe it is in at the moment, where there are only two main ideas: either you are friend or an enemy of US and the american imperialism. This means a new political message with focus on economic growth, the erradication of poverty and better education conditions. My personal view of Hugo Chavez is that he is so determined to show such a strong opposition against the United States that he forgets his own country's most urgent demands.

© Gonçalo Coelho