Parece-me que quem disparou desta feita o primeiro tiro foi a Geórgia apesar de, obviamente, a história ter antecedentes e não poderem estes actos actuais serem apreciados isoladamente na história. Nunca o podem, na verdade. Porém, como a geopolítica internacional está revestida de autênticas fantochadas, a Rússia pode perfeitamente invocar estar a empreender uma guerra preventiva, ou seja, guerra com o intuito de prevenir ataques futuros por parte da Geórgia. O precedente já foi invocado por Israel e pelos EUA inúmeras vezes.
Nada disto, porém importa. A única verdade é que a Rússia quer impôr respeito e a sua influência na Geórgia, bem como no resto do seu perímetro geográfico. O resto é a fantochada de que se revestem as guerras hoje em dia.
Outra fantochada enorme são os Peacekeapers. Agora fala-se de Peacekeapers russos existentes na Geórgia, capacetes azuis com o aval da ONU. Parece que as guerras se burocratizaram hoje em dia. Não há mais soldados e ataques de guerra, mas Peacekeapers e manobras de manutenção da paz. Neste início de séc.XXI as palavras talvez estejam demasiado gastas e prefere-se renovar o seu sentido usando o campo lexical da paz para se falar da guerra.
Como sempre, allheadas a estas fantochadas geopolíticas, estão as vítimas em sofrimento, neste caso os georgianos civis, cujo maior azar é estarem metidos entre interesses russos e americanos e, com um governo, que ao fazer o ataque disparatado que fez, colocou o seu povo, negligentemente e com despeito, em altíssima situação de risco.
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