Seguem-se extractos do artigo do Público de Ricardo Garcia de Maio de 2005:
"A participação da Companhia das Lezírias no projecto da Portucale, do qual foi parceira no princípio dos anos 1990, foi um desastre. A empresa pública ficou sem a herdade da Vargem Fresca, em Benavente - uma propriedade de 509 hectares, bem localizada e com um montado em excelentes condições, que passou para as mãos do grupo Espírito Santo. Em troca, recebeu menos dinheiro do que investira no projecto e menos também do que valia a própria herdade."
"Um inquérito da Inspecção-Geral de Finanças (IGF) feito há seis anos concluiu que, apesar de os administradores da empresa não terem actuado "com a diligência de gestor criterioso no interesse da Companhia", não havia matéria para incriminar ninguém."
"O negócio beneficiou o grupo privado [grupo Espírito Santo], em detrimento da empresa pública. A herdade foi vendida por 292 mil contos (1,5 milhões de euros). O valor levava em conta apenas o rendimento agrícola da propriedade e a sua distância dos eixos rodoviários. Mas os terrenos "destinavam-se à implementação de um projecto com uma componente imobiliária acentuada", com "potenciais mais-valias", diz o relatório da IGF. Além disso, nessa altura, já se sabia que a nova ponte sobre o Tejo seria construída entre Sacavém e Montijo, valorizando ainda mais a herdade Vargem Fresca."
Aqui fica um pequeno contributo contra o esquecimento.
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