"O primeiro-minsitro José Sócrates planeia prestar um esclarecimento público sobre as condições em que tirou a sua licenciatura" , dizem-nos os meios de comunicação. É legítimo que o PM o faça, já que a questão foi levantada ao ponto de ter colocado em dúvida as suas qualificações e, com isso, de o terem atirado para um manto de descrédito. Todos os cidadãos estão sujeitos a isso, principalmente as figuras públicas, como nos mostra perfeitamente Clara Ferreira Alves na revista Única do Expresso deste fim-de-semana. No entanto, pelo que sei, se fosse realmente decidido que só quem está inscrito nas Ordens pudesse usar os tão-proclamados títulos de advogado ou engenheiro muitos teriam de deixar de usar o título. Afinal o que é mais importante: o título de engenheiro ou o curso de engenheiro?? Se forem realmente os títulos, então as Ordens valem mais do que as Universidades e parece-me que está tudo errado. No entanto, agora o PM não tem outra hipótese senão responder a todas as dúvidas que criaram sobre as suas habilitações e não pode responder à letra o que significaria procurar investigar "as condições em que todos aqueles que escreveram e suscitaram este assunto tiraram as suas licenciaturas e outras qualificações". Agora o PM caiu numa situação em que é julgado na praça pública e em que estará à prova o sentido de civismo de todos os portugueses no sentido de ver até que ponto os portugueses caem na situação de acusar imediatamente o "arguido" (constituído arguido público pelos jornais) sem ter provas e sem que ele se possa sequer defender.
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